17 de abril de 2012

Vereador Zé Pereira denuncia ‘terrorismo’ contra agricultores

O debate em torno das supostas irregularidades envolvendo o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) e o vice-prefeito Luciano Duque (PT) - na compra e distribuição de alimentos sob a supervisão da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) – chegou até a Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST).

Na sessão dessa segunda-feira (16), petista Zé Pereira denunciou na tribuna que os opositores a Luciano foram até a zona rural e coagiram agricultores para que eles assinassem documentos contra o vice-prefeito ameaçando-os de que, se não colocassem seus nomes, a Polícia Federal iria prendê-los.

“O ex-presidente da cooperativa de Luanda, José Maurício, citado pela reportagem do jornal Folha de PE, assinou um documento sob pressão. As pessoas foram a sua procura afirmando que se ele não colocasse a sua assinatura naquele documento seria preso pela Polícia Federal”, revelou o petista, reforçando o caráter político-eleitoral das denúncias. “As coisas erradas e irregulares tem que ser investigadas e punidas. Mas porque estas denúncias foram feitas só agora, no período eleitoral? Então quer dizer que nos períodos de 2009 e 2010, o PR já tinha conhecimento disso tudo. Estavam calados. Estavam todos juntos”, disse o vereador.

Clima esquenta

O contraponto partiu do vereador Márcio Oliveira, um dos vereadores que subscreveram o chamado “Dossiê Adauto”. Ele sugeriu um debate mais amplo com a convocação de Ana Paula -presidente do CMDRS – Luciano Duque e Adauto Mourato na Câmara. “Não se fala em outra coisa na cidade e não podemos fugir deste tema”, disse, sendo logo aparteado pelo governista Ronaldo de Deja. “Vossa Excelência seria um dos beneficiados nisso também pois na época trabalhava com os alimentos para o povo da comunidade da baixa renda. Eram 182 pessoas na sua associação”, criticou. Durante o debate, o vereador Zé Pereira apresentou fotografias de Márcio Oliveira entregando alimentos para provar que a fala de Ronaldo de Dja tinha coerência.

A ideia do “frente a frente” proposta por Márcio Oliveira caiu por terra após os argumentos do petebista Zé Raimundo. “Qualquer movimento neste sentido, seja de audiência pública ou convocação das partes para vir à Câmara, só vai acirrar a disputa política na cidade. Se faz necessáriuo, neste momento, aguardar os resultados das diligências e só assim, com o resultado das investigações, tomaríamos uma decisão”, disse, sob a aprovação dos debatedores.

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