25 de novembro de 2009

Mulheres representam 60% do mercado de trabalho, revela Dieese

No Brasil, a participação feminina no mercado de trabalho subiu de 39% para 60% em 17 anos. Diferentemente dos homens, que priorizam gastos pessoais, as consumidoras pensam no bem estar da família. Gastam mais em comida, saúde e bens duráveis - eletrodomésticos, por exemplo.
O Goldman Sachs, um dos mais importantes bancos de investimentos do mundo, estudou a mudança do perfil de gastos das mulheres, e concluiu que vale a pena apostar no interesse delas, já que muitas vezes, elas são as administradoras da renda familiar.
"O fato de as mulheres receberem mais vai se traduzir de fato no ganho das empresas, no lucro das empresas. Então, empresas que são mais voltadas para esse segmento acabam tendo, apresentando um lucro um pouco maior do que as outras, e acabam performando melhor que outras empresas. E sobe o preço da ação", afirma a economista Mariana Costa.
Por isso, o consumo feminino já é apontado alvo de investimentos nos próximos anos, candidato a disputar com as commodities a atenção dos investidores no mercado de ações. Um ambiente em que elas também já se sentem confortáveis.
Há seis anos a bolsa que mais atrai a atenção da investidora Eliane Melo é a de valores. "A partir do momento que eu me aprofundei e fiquei apaixonada pelo mercado, comecei a me empenhar muito nos estudos, aprofundar o que eu conhecia. Hoje, fiz a minha escolha. Deixei a profissão para viver do mercado".
Quem investe ou administra de olho no longo prazo, percebe essa mudança que na casa da empresária Suzana Brasil e de Roberto já é regra há muito tempo. Ela decide, e compra tudo. Até o carro dele. "Eu conheço ele, eu percebi que ele gostou. Daí ele falou: está bom. Aí você resolve como vai fazer para pagar", diz Suzana. "A última palavra foi minha, e eu disse que estava ótimo".

FEM-CUT/SP

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